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Maringá,03/09/2025

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Arquivado denúncia de agressão contra ex-namorado de médica.

Ullisses Campbell
Arquivado denúncia de agressão contra ex-namorado de médica. Reprodução

O Ministério Público do Paraná arquivou, na última quinta-feira, uma denúncia de agressão apresentada pela médica Laize Rebeca Silva Santos, de 32 anos, contra seu ex-namorado, o bacharel em direito Armando Ferreira Mendes Júnior, de 41 anos. 
O crime ocorreu no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, em Maringá. Mendes Júnior chegou a ser preso, mas foi solto após 24 horas.
A médica foi encontrada com o rosto desfigurado, dentes quebrados, hematomas em diversas partes do corpo e fraturas no osso da bacia. 
Documentos anexados ao inquérito policial indicam politraumatismo decorrente de espancamento.
Socorrida pelo Samu, ela foi levada à Santa Casa de Maringá, onde os médicos atestaram a gravidade das lesões e determinaram sua internação. 
Em paralelo, uma amiga da médica registrou um boletim de ocorrência denunciando o ex-namorado pelas agressões.
Inicialmente, a vítima disse não se lembrar do que havia ocorrido. 
Depois, passou a acusar diretamente o ex-companheiro, com quem havia se relacionado por um ano. Ela também responsabilizou a mulher com quem ele mantinha um novo relacionamento.
Segundo o promotor Edson Aparecido Cemensati, responsável pelo caso, o inquérito foi arquivado por ausência de provas que indicassem com segurança a autoria das agressões. 
Embora os laudos médicos atestem a violência sofrida, o Ministério Público concluiu que os elementos reunidos durante a investigação não eram suficientes para sustentar uma acusação formal.
Outro argumento usado pelo promotor para não levar a denúncia adiante foi a defesa dos dos acusados. 
De acordo com o MP, Armando e sua nova namorada apresentaram álibis considerados consistentes pela investigação, com imagens de câmeras de segurança, registros de localização, passagens de ônibus e testemunhos que os colocavam em Balneário Camboriú, Santa Catarina, no período em que o crime ocorreu. 
A apuração também mostrou que não houve movimentação suspeita no prédio onde mora a vítima entre a noite de 8 de março e a manhã do dia seguinte.
A defesa de Armando alegou ainda que ele não tinha condições físicas de agredir Laize na data do episódio porque estava se recuperando de duas cirurgias recentes, uma no ombro e outra na região abdominal. 
Argumentou também que ele só esteve no apartamento da ex no dia seguinte, 9 de março, por volta do meio-dia, após ser chamado por uma amiga dela para prestar socorro.
A vítima rebateu essa versão, afirmando que Armando não cumpriu corretamente as recomendações médicas durante o pós-operatório, chegando inclusive a frequentar academia e movimentar o braço, o que, segundo ela, comprovaria que ele estava apto a cometer as agressões. 
Laize disse ainda ter solicitado que os médicos responsáveis fossem ouvidos pela polícia, mas isso não foi realizado.
No inquérito, foram anexados vídeos, mensagens e registros de deslocamento com os quais os advogados tentaram demonstrar que Armando e sua nova namorada estavam fora da cidade no momento da agressão. 
A defesa também sustentou que Laize havia ingerido remédios com intenção suicida. Ao sobreviver, teria passado a apresentar confusão mental e versões contraditórias.
À polícia, Armando afirmou que mantinha um relacionamento aberto com Laize, algo contestado por ela. “A nossa relação nunca foi aberta. Ele inventou isso. 
O motivo da agressão foi justamente eu ter descoberto que ele vinha me traindo com essa nova namorada. Os dois me agrediram juntos”, sustenta a médica.
Laize descreveu ainda um episódio anterior às agressões de 8 de março em que discutia com Armando na casa da mãe dele após descobrir uma outra traição. 
Durante a briga, a médica caiu ao chão. Segundo ela, Armando reagiu dizendo que ela estava se jogando propositalmente para fingir que estava sendo agredida. 
Nesse momento, ainda conforme seu relato, Armando teria afirmado: “Já que você quer ser agredida, então vai ser agredida de verdade”.
O então namorado teria, neste momento, avançado na direção dela, mas não conseguiu espancá-la porque sua mãe interveio, colocando-se entre os dois e impedindo que ele continuasse. 
A agressão física denunciada por Laize na polícia teria acontecido posteriormente, em seu apartamento.
No inquérito arquivado, a defesa de Armando disse que Laize não sabe quem a agrediu porque estava sob efeitos de medicamentos, argumento aceito pelo MP. 
A médica explicou que sua confusão inicial sobre a identidade dos agressores ocorreu em razão do estado emocional e físico em que se encontrava logo após o episódio.
Ela relatou que o primeiro depoimento à polícia foi dado enquanto ainda estava hospitalizada, acuada e com dificuldades de memória devido ao trauma e aos medicamentos. 
Isso teria contribuído para que suas declarações fossem interpretadas como contraditórias. Ela disse ainda que, após aproximadamente 15 dias, passou a ter flashes nítidos da agressão, incluindo lembranças de Armando gritando e a xingando.

Fica a pergunta: QUEM BATEU NA MÉDICA??? Ela teria condições de se agredir sózinha??





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