Aspartame pode provocar alterações genéticas

O aspartame, um adoçante artificial amplamente empregado em produtos como sucos e refrigerantes "zero", como a Coca Zero, está novamente sob os holofotes devido a novas descobertas que levantam preocupações sobre sua segurança.
Classificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "possivelmente cancerígeno", um estudo recente publicado na revista Scientific Reports indica que o aspartame pode induzir alterações genéticas associadas ao glioblastoma multiforme, um tipo de tumor cerebral agressivo e maligno.
A pesquisa revelou que, embora o consumo de aspartame não tenha alterado diretamente o crescimento tumoral em camundongos, ele provocou uma mudança significativa no microbioma intestinal dos animais. Notavelmente, houve uma redução na quantidade de bactérias da família Rikenellaceae.
A equipe de pesquisadores observou que o aspartame estava ligado à expressão de genes que tornavam o glioblastoma ainda mais agressivo nos camundongos.
Uma das hipóteses para esse fenômeno é que as alterações na metilação do RNA ao longo da via da N6-metiladenosina (N6-mA), que desempenha um papel fundamental na regulação da vida celular, podem estar envolvidas.
"Nossos resultados não apenas fornecem evidências cruciais para avaliar a segurança de adoçantes artificiais, mas também oferecem uma avaliação abrangente de seu impacto na progressão tumoral.", destacaram os autores da pesquisa.
Qual é a quantidade segura de aspartame?
A OMS recomenda como seguro o limite de 40 mg por kg de peso corporal por dia.
A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC, da sigla em inglês) incluiu o aspartame no grupo 2B, em 2023, o que o classifica como uma substância "possivelmente cancerígena".
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