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Maringá,10/11/2025

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Pr Marcos Magalhães

Saudade...simplesmente!

Foto: S. Hermann & F. Richter/Pixabay/ND
Saudade...simplesmente! S A U D A D E S

Olá, vivos, viventes e sobreviventes

Na semana passada, acordei sabendo que havia sonhado algo, mas não conseguia me lembrar. Quando me sentei à mesa para tomar café com minha esposa, Ana Cláudia, ela me perguntou sobre meu pai, que até hoje mora em Maringá. Com essa pergunta, o sonho veio de forma instantânea e com riqueza de detalhes.
No sonho, eu havia acordado na minha cama beliche, na época em que morava na Vila Morangueirinha, na Rua Valparaíso, 213, esquina com a Caracas, conhecida como "Rua da Feira", que acontecia toda quarta.
Eu dividia essa cama beliche com meu irmão Buana; ele dormia na parte de baixo e eu, na parte de cima. Acordei e fui para a cozinha, onde meu avô, Seu Antônio Barroso, falecido em 1991, estava sentado na cabeceira da mesa.
Pedi a bênção: — Bença, vô. Ele respondeu: — Deus o abençoe.
Minha alegria foi tão grande de revê-lo que eu o abracei forte e demoradamente, a ponto de ele estranhar e perguntar o motivo daquele abraço, juntamente com o choro, pois não tínhamos o costume de nos abraçar.
Dali da cozinha, fui para a varanda da casa, onde minha vó Dona Geralda, falecida em 2003, estava. Ela tinha um fogão a lenha, pois dizia que o gás de cozinha era muito caro e a lenha era de graça.
 Ela estava fervendo roupa no fogo a lenha. Abracei-a e chorei muito.
Quanta saudade da minha vó que me criou, me corrigiu e muito! Aliás, naquela época não existia Conselho Tutelar e metodologia de "conversar" era inexistente. Hoje sou grato pelo "Sistema Dona Geralda". Ela me disse: "Chega de abraço, se arruma, você está atrasado para a escola."
O Grupo Escolar João de Farias Pioli... Se eu ainda estudava no Pioli, então era por volta de 1975 a 1980.
O diretor da escola era o temível e inesquecível Professor José Domingues Valadares, que era odiado por quase toda a escola. Mas havia, em compensação, outros educadores maravilhosos e também inesquecíveis: as professoras Cleide (Matemática), Eisa (Educação Artística), Emília (Educação Física), Jorge (Ciências), Bonifácio "Pelezinho" (Educação Física), Tia Judith (minha primeira professora na primeira série)... Grego, Moisés, Marcelo, Marco, Ieda, Ivonete... Meu Deus, quanta saudade!
Quando cheguei de volta em casa, minha mãe, Dona Rita, falecida em 1984, estava lá. Foi muito emocionante, entre beijos, abraços e muito choro. Eu queria contar para ela sobre minha família, minha esposa e filhos.
Ela dizia que não estava entendendo o que eu queria dizer e perguntava por que eu chorava tanto.
Já era hora do almoço. Aí chegaram meu tio Beto e minha tia Joaquina, falecida em 2008, e tio Toninho, falecido em 1993, tia Nice, meus primos Preto, Ninho e Vanessa, e meus dois irmãos, o Buana e a Nice. Eu não sabia quem abraçar primeiro; era muita emoção e saudade. No sonho, lembrei-me até dos nossos cachorros, Lulu e Diana.
Quando, do nada, acordei e voltei para minha cozinha hoje, aqui em Porto Velho, Rondônia, estava aos prantos. Minha esposa perguntava o que estava acontecendo, por que eu chorava daquele jeito. Expliquei meu sonho. Ela me abraçou e me consolou.
Foi tudo muito real, mas fiquei com a sensação de que "deveria ter feito isso, feito aquilo, dito isso e muito mais". Mas, infelizmente, isso é impossível, e entendi profundamente o significado daquela música gravada pelo Titãs, "Epitáfio": 
Devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer



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