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Maringá,10/11/2025

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Pr Marcos Magalhães

Violência é inadmissível.

Reprodução ilustrativa
Violência é inadmissível. Violência é inadmissível.

Olá, vivos, viventes e sobreviventes.
Essa semana, liguei para um empresário aqui de Porto Velho que não falava já fazia uns 90 dias.
Nos tornamos amigos durante a pandemia; ele tem um ramo de atividade na área da saúde.
Conheci ele através de uma matéria que fiz pela TV, uma entrevista sobre a pandemia em 2020.
Frequentavam uma grande igreja evangélica com igrejas espalhadas em todo o território nacional.
Durante nossa conversa pelo telefone, ele me relatou que estava fora de casa já havia uns 2 meses, em processo de divórcio litigioso, e estava sofrendo muito com a separação, pela falta da esposa e das filhas.
Fui pego de surpresa, pois a família era aparentemente muito sólida, juntos havia 25 anos, com filhos adultos.
Perguntei o motivo. Ele me disse que inventaram uma mentira para a esposa dele, dizendo que ele teria uma amante há muito tempo, que havia construído uma casa para essa suposta amante, pago cirurgias plásticas para ela também, e a esposa pediu o divórcio.
Como ele não aceitou prontamente, ela entrou com uma medida restritiva, obrigando ele a sair de casa.
Me comovi profundamente a ponto de me comprometer a fazer de tudo para restaurar esse casamento, além é claro de orar, ir procurar pessoalmente a esposa e as filhas, argumentar, implorar o que precisasse para evitar esse divórcio.
Na sexta-feira, fui falar com a esposa. Narrei o que ele me disse, que era tudo mentira.
Para minha surpresa, ela me disse: "Pastor, mesmo se não fosse mentira, eu o perdoaria, pois nos princípios dela só se casa uma vez na vida, e família era, até então, inseparável. E não seria uma traição conjugal que destruiria sua família".
Fiquei curioso, e perguntei: "Qual era então o motivo do divórcio?"
Em prantos, ela me revelou que não aguentava mais a violência doméstica que vivia nos últimos 10 anos. Começou com violência psicológica, xingamentos, ofensas de caráter; depois, violência física, que iniciou com uns empurrões, tapas no rosto, depois socos e pontapés.
Por último, ele espancava a esposa com uma cinta larga de couro cru, praticando violência patrimonial, se desfazendo dos bens conquistados juntos, de forma muito mal-intencionada.
Nesse processo em que ela disse a ele da separação, ele começou a ameaçar ela com facas e revólver de grosso calibre.
Detalhe: na presença das filhas. Ela me relatou que ele era obsessivo, possessivo, extremamente ciumento e um narcisista inveterado; sentia que o mundo era regido por ele, ordens dele, do jeito dele. Fiquei estarrecido.
Pedi perdão a ela e apoiei a decisão dela. Me coloquei à sua disposição para qualquer coisa que ela e as filhas precisarem.
Existem situações em que precisamos mudar alguns conceitos, lutar contra a religiosidade e jamais, nunca compactuar com qualquer tipo de violência contra mulheres e outras pessoas.
Se você estiver passando por essa situação, não contemporize, não se intimide: denuncie o mais rápido possível.
Até porque a maioria dos feminicídios em território nacional já havia várias denúncias e queixas, e também medidas restritivas.
Seja você cristão ou não, denuncie. Violência é inadmissível.



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