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Maringá,10/11/2025

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Nova patente com tratamento para doença crônica.

Pesquisadores brasileiros desenvolveram compostos para um novo tratamento, mais barato e simples, para a regressão do Alzheimer

Anne Silva/PUBLIMED/Forum
Nova patente com tratamento para doença crônica. Senhora em cadeira de rodas. Créditos: Unsplash

Pesquisadores brasileiros desenvolveram compostos com potencial para um novo tratamento, mais barato e simples, para a regressão de uma doença degenerativa que pode triplicar entre os brasileiros até 2050.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do ABC (UFABC), em conjunto com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), desenvolveu uma série de compostos orgânicos com potencial para um novo tratamento que estimula a regressão do Alzheimer, doença degenerativa crônica que já atinge cerca de 1,2 milhão de brasileiros e pode ter o número de casos triplicado até 2050, segundo estimativas do Ministério da Saúde.
Em artigo publicado no PubMed, liderado pela pesquisadora Mariana Camargo, os compostos (L09, L10 e L11) desenvolvidos em modelos pré-clínicos e testados in vitro em culturas de células do hipocampo cerebral são descritos com “potencial querelante”, capazes de diminuir a inflamação dos neurônios e as placas beta-amilóide, que contribuem para a morte celular e são características do Alzheimer.
O acúmulo das proteínas beta-amiloide forma placas tóxicas que prejudicam as sinapses e causam a deterioração da atividade neuronal, dando o aspecto degenerativo cerebral da doença.
Os compostos líderes testados pelo estudo apresentaram, ainda, “baixo nível de toxicidade” nas doses testadas, de acordo com o estudo, e oferecem “evidências convincentes” de uma nova estratégia terapêutica para o Alzheimer, além de “sólida motivação para pesquisas futuras e desenvolvimento de medicamentos”.
Terapias contra o Alzheimer que envolvem anticorpos monoclonais — proteínas produzidas em laboratório especificamente para o combate da doença — têm custo elevado e acesso limitado. De acordo com a FAPESP, a pesquisa da UFABC trabalha com moléculas pequenas, mais baratas e de síntese mais simples, o que poderia tornar essa forma de tratamento mais acessível.
A pesquisa, que recebe financiamento da FAPESP, gerou um pedido de patente. Quando aprovada, os próximos passos devem envolver estudos toxicológicos e farmacológicos para entender a dinâmica de transformação dos compostos em medicamentos.
Atualmente, as simulações computacionais e os testes in vitro ajudam a estimar o efeito dos compostos na síntese química do cérebro, e estudos conduzidos com ratos permitiram guiar testes comportamentais de memória espacial, além de medidas bioquímicas no hipocampo cerebral, estrutura essencial para processos de aprendizado e memorização de longo prazo, que é afetada pelo Alzheimer.
Entre os principais resultados relatados pelos testes com cobaias estão a diminuição dos marcadores gliais que provocam inflamação nos neurônios, a redução do estresse oxidativo e a restauração do equilíbrio de cobre no hipocampo, o que permitiu a melhora de desempenho em testes de memória e orientação espacial.




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