O motorista da Amarok que provocou o acidente que matou Layla Prudencio Martins Madeira, de 36 anos, e Marcos Edgar Ferreira Madeira, de 41, foi identificado e já teve a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa. A Polícia Civil continua investigando se ele vai responder por homicídio culposo ou com dolo eventual. 
O acidente aconteceu na madrugada do dia 11 de abril, na BR-277. Marcos morreu na hora. Layla, a esposa dele, chegou a ser encaminhada ao hospital, mas morreu três dias depois. Amigos chegaram a criar uma vaquinha para ajudar os três filhos do casal. 
O carro que levava o casal, um Voyage, foi atingido violentamente por uma caminhonete Amarok no km 2,5 da rodovia, sentido Campo Largo. 
O condutor da caminhonete fugiu sem prestar socorro às vítimas. - Conforme o delegado Edgar Santana, da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), a equipe de investigação pediu judicialmente que a CNH do motorista fosse suspensa e ele também passasse a ser acompanhado por tornozeleira eletrônica.
“Entendemos que a permanência desse indivíduo dirigindo veículo automotor representa um risco para a ordem pública. Tivemos o deferimento da suspensão da Carteira Nacional de Habilitação e o indeferimento por parte do monitoramento eletrônico”, disse o delegado Edgar Santana, da Dedetran.
Além disso, os investigadores também pediram um mandado de busca e apreensão na casa do investigado, para coletar elementos e outras provas que possam contribuir para o trabalho. 
“Durante o interrogatório, ele afirmou que não se recorda onde estava no dia do fato. Então, aprendemos o aparelho celular deste indivíduo, vamos realizar uma extração de dados e verificar quais os elementos ali podem contribuir para que a gente saiba onde esse indivíduo estava e principalmente se consumir algum tipo de bebida alcoólica”. 
O motorista, conforme a polícia, é um rapaz. O delegado não informou qual é a profissão do jovem, mas disse que a Amarok seria dele mesmo.
“É um motorista jovem, trabalha em uma empresa aqui na cidade de Curitiba, estava dirigindo uma Amarok, que segundo ele é de sua propriedade, e a gente vai continuar com as investigações, independentemente do perfil ou da identidade do investigado, vamos procurar dar uma resposta justa e eficaz, não só para a família, mas também para sociedade”, contou o delegado.
Investigação continua
A Dedetran disse ter imagens do sistema de monitoramento do local, que aparentemente demonstram a velocidade excessiva do veículo. Essas imagens foram remetidas ao Instituto de Criminalística para formalizar e verificar se é possível o cálculo de velocidade. A polícia analisa por qual tipo de crime o motorista vai responder. Isso pode mudar no decorrer da investigação, conforme explicou o delegado.
“Com mais provas em relação à conduta deste indivíduo, como por exemplo o eventual embriaguez, podemos sair do âmbito do crime culposo e passarmos a analisar um dolo eventual. Essa diferença vai significar um aumento de pena, que vai para até 30 anos de prisão”, explicou o delegado Edgar Santana.
A Dedetran também está atrás da pessoa que ajudou o motorista a fugir do local. “Já estamos identificando a pessoa que chegou ao local e deu fuga ao investigado. Essa pessoa também será responsabilizada criminalmente pela prática do ato. Segundo ele, seriam conhecidos, ele não chegou a afirmar se teriam uma relação mais próxima de amizade ou parentesco”.