Trágico Fim: Suspeito de feminicídio morre em confronto com a PM

Menos de 24 horas após o brutal assassinato da ex-companheira Joice Mara Kuchnir, de 24 anos, em Mandirituba, o principal suspeito do crime, identificado como Matheus, morreu em confronto com a Polícia Militar. A ação policial ocorreu em Agudos do Sul, também na Região Metropolitana de Curitiba.
Equipes do Batalhão de Rondas Ostensivas de Natureza Especial localizaram o suspeito após receberem informações sobre seu paradeiro em Agudos do Sul.
Segundo o capitão Victtor, do BPRONE, o patrulhamento foi intensificado na região, culminando na localização de Matheus em uma motocicleta CG preta.
"Tínhamos a informação de que ele estava em uma motocicleta CG preta. Encontramos a moto e, durante a abordagem, ele desceu da moto e fugiu em direção a uma área de mata. Na tentativa de escapar, ele disparou contra a equipe", detalhou o capitão. Durante o confronto que se seguiu, o suspeito foi baleado. O Siate foi acionado para prestar os primeiros socorros, mas Matheus não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Joice manteve um relacionamento de aproximadamente oito anos com o autor do crime
Joice Mara Kuchnir foi vítima de um ataque covarde na madrugada de quarta-feira (7). Segundo relatos, o ex-companheiro invadiu sua residência, arrombou o quarto onde ela dormia e a atacou com pauladas e golpes de faca.
O pai de Joice chegou ao local do crime após ser informado por uma ligação do pai do agressor, que relatou o espancamento.
Ao encontrar a filha inconsciente, ainda tentou levá-la ao hospital, mas Joice já estava sem vida.
A tragédia revela a fragilidade das medidas protetivas.
No final de abril, Joice havia buscado a Justiça e obtido uma medida protetiva contra Matheus. No entanto, a decisão judicial não foi suficiente para impedir o feminicídio. Joice e Matheus (FOTO) mantiveram um relacionamento de aproximadamente oito anos e tiveram um filho de seis anos, que felizmente não presenciou a violência, pois estava na casa dos avós no momento do crime. A morte do suspeito em confronto com a polícia encerra a busca pelo autor do feminicídio, mas não diminui a dor da perda e levanta novamente o debate sobre a eficácia das medidas de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.
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