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Maringá,17/07/2025

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Matou...fugiu. Vai pra delegacia e sai pela porta da frente!!

Rictv/BandaB/PORTAL E;V;
Matou...fugiu. Vai pra delegacia e sai pela porta da frente!! Reprodução Redes sociais

O principal suspeito de matar a adolescente Camila Vitória Pio Pontes, de 17 anos, no último dia 10 de julho, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, se apresentou à polícia ontem (15).
Valdinei Luciano Antunes, de 42 anos, compareceu à Delegacia do Alto Maracanã acompanhado de seus advogados, foi ouvido e liberado em seguida pela Polícia Civil. Valdinei é ex-namorado da mãe de Camila. O relacionamento entre os dois teria chegado ao fim recentemente.
Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito chegando à casa onde a adolescente foi morta e, posteriormente, deixando o local.
A jovem foi encontrada caída no chão da residência com vários ferimentos por golpes de faca.
“Quero Justiça pela minha filha, que foi morta por esse bandido. Ele tinha acesso à minha casa. Eu fico imaginando quando ele entrou lá. A minha filha deve ter recebido ele com um sorriso. Ele matou ela de uma forma cruel. Esse homem não pode ficar impune. Ele entrou e saiu da delegacia. É uma família inteira que pede Justiça pela minha filha. Estamos com o coração partido”, desabafou a mãe de Camila à RICtv.
O pai da jovem também fez um forte desabafo. ““Olha a situação que ele deixou a nossa família. Esse monstro acabou com a nossa vida. Ele tem que pagar pelo que fez. Espero que a Justiça seja feita. Como alguém pode defender um homem desse?”.
A Polícia Civil do Paraná confirmou que o suspeito foi ouvido e liberado, e que “a equipe policial segue em diligências do caso”.
Matar e sair pela porta da frente
Mais uma vez, o Brasil assiste atônito a uma cena que se repete com frequência alarmante: alguém acusado de um crime bárbaro, como o assassinato cruel de uma adolescente, se apresenta à polícia, é ouvido — e vai embora pela porta da frente da delegacia.
Valdinei Luciano Antunes, de 42 anos, suspeito de matar a facadas a jovem Camila Vitória, se apresentou com seus advogados, prestou depoimento e foi liberado.
Isso mesmo: o homem que aparece em imagens de segurança entrando na casa da vítima e saindo logo depois do crime, simplesmente saiu da delegacia como se fosse um cidadão qualquer, e não alguém acusado de um feminicídio brutal.
Camila foi morta dentro da própria casa. Sozinha. Indefesa.
O corpo da adolescente foi encontrado com múltiplos ferimentos causados por faca. Tudo aponta para um crime premeditado e covarde — motivado, segundo relatos da própria família, pelo fim do relacionamento entre o suspeito e a mãe da vítima. Ainda assim, a polícia afirma que segue em “diligências”, enquanto a sociedade se pergunta: o que mais é necessário para manter alguém assim preso?
A resposta parece ser cada vez mais absurda: só a confissão não basta. As imagens não bastam. A dor da família não basta. Nem mesmo o corpo estendido no chão da casa onde a adolescente deveria estar segura parece comover os operadores da Justiça.
A indignação da mãe de Camila ecoa em milhares de outras mães brasileiras.
A frase “ele entrou e saiu da delegacia” diz tudo sobre o abismo entre o que o povo espera da Justiça e o que ela tem oferecido. Não se trata de linchamento, nem de punitivismo inconsequente. Trata-se de coerência mínima entre o que a lei permite e o que a sociedade considera moralmente inaceitável.
Até quando vamos aceitar que acusados de crimes tão graves continuem respondendo em liberdade?
Até quando o sistema vai priorizar formalidades enquanto famílias são destruídas? Até quando vamos fingir que isso é normal?
Camila não teve o direito de se defender.
Não teve o direito de viver.
Já o seu possível assassino teve o direito de sair pela porta da frente.
Esse é o retrato do Brasil que precisa, urgentemente, se encarar no espelho.




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