Gerente é demitido após confusão com padre Fábio de Melo

No último final de semana, o padre Fábio de Melo, que esteve em Joinville, Santa Catarina, protagonizou uma confusão com o gerente de uma cafeteria.
A confusão começou depois de o padre questionar a diferença de valores de um produto na prateleira e no caixa. Tratava-se de um doce de leite.
Nos stories do Instagram, o padre Fábio compartilhou detalhes da história, afirmando que o gerente do estabelecimento havia sido arrogante ao dizer: "O preço está errado e é isso. Se quiser levar, o preço certo é esse", contou
O padre, por sua vez, ressaltou aos seguidores o que determina o Código de Defesa do Consumidor (CDC) neste tipo de situação.
"É apenas para lembrar que, quando um preço está especificado, o estabelecimento comercial tem que honrar aquele preço anunciado, mesmo que esteja errado. Não é o gerente que decide se vai ser cobrado ou não".
Dessa maneira, com a repercussão do caso, a cafeteria Havana informou que o funcionário foi desligado do cargo após o incidente.
"Recebemos com muita atenção e preocupação o relato de um cliente que se sentiu mal atendido em nossa unidade", disse a nota, seguido de um pedido de desculpas. "Já estamos apurando os detalhes do ocorrido com responsabilidade e agilidade, e informamos também que o colaborador envolvido no ocorrido já não faz mais parte do nosso quadro de funcionários".
Ressalta-se que o Código de Defesa do Consumidor garante que o preço indicado na prateleira seja o valor cobrado no caixa. Caso haja diferença entre o preço da etiqueta e o preço do caixa, o cliente tem o direito de pagar o valor mais baixo.
O QUE DIZ O GERENTE DEMITIDO
Demitido por suposta confusão com o padre Fábio, o ex-gerente, Jair José Aguiar da Rosa, 36 anos, afirma que sequer chegou a ter contato direto com o padre. Ele diz estar em “estado de choque” após o ocorrido. “Até sábado eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo.
A Havanna Joinville e a Havanna Brasil simplesmente jogaram toda a culpa em cima de mim para proteger o nome da marca”, conta o profissional.
Ele alega que em momento nenhum falou diretamente com Fábio de Melo, o que poderia ser provado pelas imagens de segurança do estabelecimento.
O que diz o padre Fábio de Melo
O religioso afirmou, em entrevista que a postura do ex-gerente foi “grosseira” e disse que “não teria nenhum problema de pagar o preço mais caro”. Ele afirmou que não concorda com a demissão. “Acho que ele merecia uma outra chance, caso não tivesse um histórico de reclamações.”
Fábio de Melo confirmou que Jair José Aguiar da Rosa não falou diretamente com ele.
“A única hora que ele se dirigiu a nós foi quando ele falou alto ‘o preço é esse, se não quiser levar, não leva, não posso mudar no meu sistema’.”
Segundo Aguiar da Rosa, quem pegou o produto foi um homem que acompanhava o padre. Portanto, Fábio de Melo não teria como saber o preço indicado na prateleira.
“Não é o padre que vai até o balcão fazer o pagamento, é esse rapaz de regata vermelha. Pode notar no vídeo também que quem questiona o valor não é o padre, e sim esse rapaz de regata vermelha, porque ele que foi comprar o doce. O padre só estava acompanhando ele”, relatou.
Como aconteceu
Segundo o relato do ex-gerente, a atendente do caixa o chama e pergunta o preço do doce de leite que estava sendo comprado pelo rapaz que acompanhava o padre, que disse que viu na prateleira o valor de R$ 43,90. No entanto, o preço real da mercadoria era R$ 61,90, segundo ele.
“Eu vou lá na prateleira pegar a plaquinha e pergunto para o meu pessoal se alguém havia mudado de lugar, eles falam que não. É quando eu vejo que a placa está lá só que está em posição diferente. Então, eu volto e arrumo ela. Vou até a atendente e falo para ela o preço está lá e que é aquele mesmo, que não está anunciado errado”, relata Jair., que, em seguida, volta a trabalhar nas mesas dos clientes do estabelecimento.
“Em momento algum eu falei que estava errado. Falei que o preço estava lá mas estava em posição diferente. Mas, como é possível perceber nas imagens, os preços não têm nome, têm só a numeração. Não tem nome para identificar o produto. E se não tem nome para identificar o produto, não sou eu o culpado, porque é uma padronização da marca Havanna Brasil”, disse o gerente que foi demitido. E você o que acha???
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