O 5º Tribunal do Júri da Capital, do Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou nesta terça-feira (20) Jonathan Messias Santos da Silva a 14 anos de prisão pela morte da torcedora palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, em 2023.
Jonathan foi considerado culpado por homicídio qualificado com dolo eventual.
O Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil, uso de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. A decisão cabe recurso. O crime ocorreu na entrada do estádio Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo.
A jovem morreu após sofrer duas paradas cardíacas ao ser atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa de vidro, arremessada durante uma briga entre torcidas.
Mesmo separadas por uma divisória de metal, as torcidas de Palmeiras e Flamengo protagonizaram um confronto violento. Imagens registraram o momento em que o réu lançou a garrafa, que se quebrou ao atingir a estrutura metálica.
Os estilhaços atravessaram a barreira e atingiram Gabriela, que foi socorrida por uma ambulância no local, mas não resistiu aos ferimentos.
A juíza Isadora Botti Beraldo Moro, que presidiu o julgamento iniciado na segunda-feira (19), afirmou que a confissão parcial do réu Jonathan Messias Santos da Silva — que admitiu ter lançado a garrafa — foi considerada como atenuante na dosimetria da pena.