Processo de Edir Macedo contra Netflix é arquivado

Por decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, a ação de Edir Macedo — líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record — contra a Netflix foi arquivada.
Desde o ano passado, o bispo tentava retirar cenas de cultos da Igreja Universal exibidas no documentário O Diabo no Tribunal.
O longa de terror acompanha um julgamento nos Estados Unidos, no qual o réu alega estar sob possessão demoníaca como justificativa de um assassinato.
Edir Macedo, que aparece rapidamente no documentário acompanhado do cunhado Renato Cardoso, argumentou ter o direito de imagem violado e a reputação comprometida devido à associação com a obra.
Macedo ainda afirmou que a produção “claramente sensacionalista” veiculou a imagem dele em “sessões de libertação” por duas vezes, e que a história documentada não tem relação com a Universal.
Segundo o portal f5, a relatora do caso, desembargadora Viviani Nicolau, determinou o arquivamento do caso em 27 de maio, na justificativa de que a obra apenas mostrou imagens públicas, desvinculadas de desrespeito, para contextualizar um exorcismo.
As imagens mostravam fiéis que buscavam a Universal para a libertação de males espirituais. Conforme os autores da ação contra a Netflix, "as imagens pessoais foram incluídas no filme sem a devida autorização no âmbito de um entretenimento claramente sensacionalista e de temática perturbadora, qual seja, uma possessão demoníaca e um posterior assassinato brutal".
A plataforma de streaming defendeu-se pelo caráter biográfico e informativo do documentário, no qual as cenas de Macedo e Cardoso ilustram o embate de clérigos com fiéis supostamente possuídos em um contexto geral.
A empresa norte-americana acrescentou que a produção não estabelece vínculo algum entre a Igreja Universal e os episódios que cercam o crime, além de que os rostos dos bispos não são identificáveis.
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